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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Integração de tarifas de ônibus e metrô no DF

Aprenda como usar a integração tarifária de ônibus e metrô no Distrito Federal com o bilhete único e outros cartões do DFTrans.

Imagem via Blog Rede Integrada de Transporte Coletivo

Abaixo destacamos alguns pontos da integração tarifária de ônibus e metrô no DF:

• Para usar a tarifa integrada é necessário portar um dos cartões do DFTrans: Cartão Vale Transporte (para o trabalhador), Cartão Especial (para Portadores de Necessidades Especiais), Cartão Estudantil, Cartão Cidadão (para quem não se enquadra nos ítens anteriores) ou o Cartão Bilhete Único. Esse último cartão pode ser comprado por R$ 10,00 (valor revertido em crédito) nos correspondentes bancários do Banco de Brasília, os chamados BRB-Conveniência.

• A integração tarifária permite que sejam realizadas três viagens (dois transbordos) num período de até duas horas (na cidade de São Paulo são três horas).

• O período de tempo é marcado entre as utilizações do cartão.

• As viagens integradas só podem ser num único sentido, ou seja, não podem ser ida e volta.

• A tarifa integrada máxima a ser paga pelo usuário equivale a tarifa integral Metropolitana 2, atualmente em R$ 3,00. Isso vale tanto para um como para dois transbordos dentro do período de duas horas.

Se você passou por problemas ou acha que a integração não está funcionando como deveria, deixe-nos um comentário aqui, no Facebook ou no Twitter. A íntegra do decreto que cria a integração entre os ônibus da licitação de 2011, os ônibus da TCB e o Metrô-DF está abaixo:

DECRETO Nº 34.495, DE 27 DE JUNHO DE 2013.

Institui a Integração tarifária do Novo Modelo do Sistema de transporte Público Coletivo do Distrito Federal e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos VII e XXVI do art. 100, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e considerando o disposto na Lei n.º 4.011, de 12 de setembro de 2007 e no Decreto n.º 30.584, de 16 de julho de 2009, DECRETA:

Art. 1º Fica instituída no Sistema de transporte Público Coletivo do Distrito Federal STPC/DF a integração tarifária, nas linhas do Serviço Básico – SB, a que se refere o §1º do art. 5º da Lei nº 4.011, de 12 de setembro de 2007 operadas pelas empresas concessionárias, cujos contratos de concessão decorrem da Concorrência n.º 1/2011 – ST e Concorrência n.º 1/2011- St – reabertura, promovida pelo Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de transportes do Distrito Federal, com a Sociedade de transportes Coletivos de Brasília Ltda. – TCB e com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal - METRÔ-DF.

§ 1º A integração tarifária consiste em proporcionar desconto na tarifa aos usuários que realizarem viagens utilizando um ou mais modais de transporte relacionados no caput deste artigo.

§ 2º Será considerada viagem integrada quando forem feitos até 2 (dois) transbordos pelo usuário, independente dos modais utilizados, um subsequente a outro, em um único sentido.

§ 3º Somente será considerada viagem integrada aquela que tiver um intervalo máximo de 2 (duas) horas entre as utilizações do cartão.

Art. 2º Só haverá desconto em viagens integradas quando forem utilizados, como forma de pagamento da tarifa, os Cartões Vale-transporte, Cidadão e Bilhete Único.

Art. 3º A tarifa máxima da viagem integrada será equivalente à tarifa integral Metropolitana 2, quando da utilização dos modais rodoviário e metroviário, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 6º, do Decreto n.º 30.011, de 29 de janeiro de 2009, com redação dada pelo Decreto n.º 33.559, de 1º de março de 2012.

Art. 4º Este Decreto entrará em vigor na data do início da operação das novas concessões do serviço básico rodoviário do STPC/DF, delegadas em razão da Licitação indicada no art. 1º deste Decreto.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 27 de junho de 2013.
125º da República e 54º de Brasília
AGNELO QUEIROZ

Links

• Fonte do decreto de integração: DECRETO Nº 34.495, DE 27 DE JUNHO DE 2013, site do TCDF.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Tarifa de iluminação pública: presente de Natal das trevas

A CIP, um dos mais diabólicos presentes de Natal, não trouxe nenhuma luz para o brasileiro, principalmente para ciclistas e pedestres.

Paris, a Cidade Luz. Crédito: MaxTom/Flickr
Em Paris, a Cidade Luz, o cidadão não paga Tarifa de Iluminação Pública.

O local: Palácio do Buriti, Brasília – DF; a data: 27 de dezembro de 2002. Com muitas pessoas de férias ou entretidas nas celebrações de fim de ano, o então governador Joaquim Roriz deu um presentão de Natal (atrasado) a todos os brasilienses: instituiu, com a lei complementar 673, a Contribuição de Iluminação Pública (CIP). A nova tarifa incidiria nas contas de energia elétrica de consumidores de todo o Distrito Federal. Rico ou pobre, todos pagariam os custos da iluminação dos espaços públicos, espaços que deveriam ser iluminados com verbas dos impostos.

A questão aqui não é a legalidade ou não da lei, polêmica antiga, mas sim deixar uma pergunta: alguma coisa melhorou? Temos hoje espaços públicos verdadeiramente bem iluminados para todos, em que pedestres, ciclistas e cadeirantes possam ver e ser vistos?

Algo que qualquer um pode ver claramente no DF e na maioria das cidades brasileiras é que a iluminação pública é o mínimo do mínimo: postes altos e esparsos que podem até ser suficientes para quem está razoavelmente seguro dentro de seu carro, com trancas e faróis, mas e para todos os outros? Os outros sofrem com iluminação insuficiente, quando não inexistente. Ficam com o resto da iluminação dada aos automóveis.

Cidades como Paris e Londres são atrativas para o turismo de rua porque existe (e é muito bem mantida) uma iluminação voltada para o elo mais fraco de quem transita pelas ruas: aqueles que não têm uma armadura de aço nem farol. Assim, as ruas são cheias de vida e os comércios são atraentes, diversificados e muito lucrativos. Não há por que prender as pessoas em shoppings chatos e claustrofóbicos.

Mas nós, brasilienses e brasileiros, que passamos a pagar essa porcaria de CIP, não temos iluminação ou segurança nem para ir ao comércio da esquina. Então… pra onde vai o nosso dinheiro? Quando algum candidato vai ter coragem para acabar com essa tarifa injusta e, até hoje, completamente inútil? O que mais teremos de pagar para ter uma iluminação atrativa, interessante e inclusiva como a de Paris?

[1] Lei que instituiu a Contribuição de Iluminação Pública no DF: Lei Complementar nº 673 de 27 de dezembro de 2002
[2] Processo legislativo da lei da CIP

domingo, 5 de outubro de 2014

Acompanhe o resultado do 1º turno das eleições 2014

Resultados com 99,86% das urnas apuradas no DF

DF: Governador

Haverá segundo turno.

• Rollemberg 45%
• Jofran Frejat 28%

• Agnelo 20%

DF: Senador

Neste ano é eleito apenas um senador representando cada UF.

Reguffe 58%
• Gim Argello 19%
• Magela 19%

DF: Deputado Federal

São oito vagas (negrito) em disputa para deputado federal representando o DF. Resultados parciais não levam em conta o quoeficiente eleitoral.

Fraga 10,7%
• Rogério Rosso 6,4%
• Érika Kokay 6,4%
• Ronaldo Fonseca 5,8%
• Rôney Nemer 5,7%
• Alírio 5,4%
• Izalci 4,9%
• Vitor Paulo 4,9%

• Eliana Pedrosa 3,8%
• Policarpo 3,3%

DF: Deputado Distrital

São 24 vagas (negrito) para a Câmara Distrital do Distrito Federal. Resultados parciais não levam em conta o quoeficiente eleitoral.

Julio Cesar 1,92%
• Robério Negreiros 1,68%
• Professor Israel 1,48%
• Dr Michel 1,47%
• Rodrigo Delmasso 1,37%
• Joe Valle 1,34%
• Sandra Faraj 1,33%
• Wasny de Roure 1,27%
• Rafael Prudente 1,15%
• Chico Vigilante 1,12%
• Liliane roriz 1,10%
• Juarezão 1,05%
• Chico Leite 1,03%
• Guarda Janio 0,98%
• Agaciel Maia 0,97%
• Cristiano Araujo 0,96%
• Ricardo Vale 0,93%
• Bispo Renato 0,93%
• Pastor Egmar 0,89%
• Washington Mesquita 0,85%
• Celina Leão 0,83%
• Professor Reginaldo Veras 0,82%
• Delegado Fernando Fernandes 0,79%
• Claudio Abrantes 0,79%

• Dr Charles 0,77%
• Lira 0,75%
• Telma Rufino 0,75%
• Leila do Vôlei 0,73%
• Paulo Roriz 0,72%
• Professor Jordenes 0,72%

Brasil: Presidente

Parciais para presidente com 93% das urnas do Brasil apuradas:

• Dilma 41%
• Marina 34%

• Aécio 21%

Para ver as atualizações em tempo real entre no site da EBC – Empresa Brasileira de Comunicação.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Brasileiro é escravo do clima: Tornado é Ponta do Iceberg

Primeiro tornado em Brasília atraiu atenção, mas essa é só a ponta do iceberg nas mudanças climáticas. E o Brasil sempre mostra que, quando enfrenta o clima, só leva goleada.

Tornado em Brasília

Vocês se lembram da cratera na obra da linha 4 do metrô de Sâo Paulo? Ela engoliu caminhões, casas e pessoas. José Serra, então governador de São Paulo, foi rápido em afirmar que a culpa foi excesso de chuva. Hoje, em meio ao mais severo racionamento de água da história do Estado de SP, o governador Geraldo Alckmin diz que a culpa é da falta de chuva. Alguns meses atrás, aqui mesmo no DF, uma tenda do GDF para tratamento de catarata caiu deixando 10 feridos e um morto. De quem foi culpa? Ah… a culpa foi do vento. Ontem, também aqui no DF, cabos da rede de transmissão elétrica caíram sobre um ônibus com vários passageiros. Culpado? O famigerado vento, é claro. Em nenhum desses casos há punições. O culpado é sempre o que não pode ser punido nem pode se defender: o clima.

Enchente? Culpe as pessoas que jogam lixo nas ruas ou culpe o excesso de chuva; mas nunca culpe o sub-dimensionamento e a falta de manutenção nas redes de captação de águas pluviais. Também não culpe o excesso de asfalto em nossas cidades. Não diga que vias largas causam impermeabilização do solo (além de trazerem um desagradável aquecimento extra ao ambiente próximo). Nós, brasileiros, não somos apenas escravos de intempéries. Nós as agravamos. No Brasil, cada vez mais, é o clima quem dá as cartas.

Imagine se alguém na Finlândia, Islândia, Sibéria ou Alasca usasse a neve como desculpa para uma obra desmoronar? Seria chamado (no mínimo) de estúpido, certo? Pois é exatamente o que temos aqui. A diferença é que aqui o culpado é a falta de chuva, o excesso de chuva, as estrelas… Então a culpa é dos nossos governantes, certo? Bem… não é tão simples assim.

Senhores ou escravos do clima?

Em países bem quentes, como alguns do Oriente Médio, edificações, mesmo bem antigas, são construídas com excelentes sistemas de ventilação passiva que deixam os ambientes com clima agradável apesar das altas temperaturas do lado de fora. Um bom sistema de ventilação passiva diminui muito os custos com sistemas de ar condicionado. Em lugares mais frios, as casas contam com ótimos sistemas de calefação. Mas… e a maioria das casas brasileiras? Essas não têm nem o mais simples sistema de ventilação forçada. No máximo, acha-se um canto para colocar um ar condicionado. Escolas? Algumas são só na telha. E quem não se lembra das escolas de lata, verdadeiras saunas estudantis?

Estamos sempre vivendo o que o tempo nos dá. Não é a toa que fazem tanto sucesso nas redes sociais postagens que fazem humor apenas com o clima atual, seja ele muito quente ou muito frio. Nossas casas, e muitos ambientes de trabalho, não têm climatização adequada, diminuindo nossa saúde, principalmente, nossa qualidade de vida. E não podemos culpar apenas os governantes por isso.

Saúde e qualidade de vida

Nossa omissão em relação ao tema clima é mais um dos fatores que contribui para diminuir nossa qualidade de vida. Estudar e trabalhar em lugares sem climatização adequada é mais penoso. Mas isso nem é o mais grave. Como estamos piorando nosso ambiente, estamos contribuindo para diminuir a saúde de quem mais depende dela: crianças pequenas e idosos. Bebês, por terem o sistema digestivo em formação, sofrem muito com cólicas em ambientes frios, o que acontece muito em junho no Brasil. Já no lado dos mais velhos, o calor potencializa casos de ataque cardíaco. Um ambiente climatizado faz diferença, mas isso é uma coisa que sempre negligenciamos. Até por isso, durante a Copa do Mundo, vários estrangeiros notaram o descaso do brasileiro com a climatização de ambientes. Eles estão acostumados a um ambiente controlado severamente pelo termostato. E nós? Nós vivemos o calor do momento, uns reclamando, outros tentanto levar na esportiva.

2015: racionamento de água e energia

Ainda assim, o maior problema ainda está por vir: para 2015 já existe grande probabilidade de racionamento de água e energia elétrica em várias regiões do Brasil. Como a culpa é de vários governos e de vários partidos, essa carta não está sendo muito usada nas eleições: o problema é de todos, como sempre. Mas não pense que o problema será dividido igualmente: geralmente as localidades que estão ficando mais tempo sem água em São Paulo são as mais pobres. Mas o problema nunca é prontamente assumido e admitido pelos governos, pelo contrário: sempre dizem que é só um problema pontual, de ajuste de pressão d'água ou algo do tipo. É o jeitinho político brasileiro em ano de eleição.

Concluindo, vê-se que o brasileiro, talvez até por não ter de enfrentar um risco elevado de terremotos, furacões, tornados, vulcões e outros desastres naturais, nunca está preparado para o que vem. Falta chuva? A safra de arroz vai pro saco (de lixo). Sobra chuva? A safra soja vai pro brejo. Está frio? Sofre. Está calor? Reclama na sua rede social favorita.

Como se tudo isso não bastasse, e apesar do elevado risco de falta d'água em 2015, a temporada de enchentes está pra começar. Então, além de se precaver contra assaltos, acidentes de trânsito, sequestro-relâmpago etc, tome cuidado com o clima. Ele (também) pode te pegar!