Brasil: o eterno bobo da corte |
Para a Copa de 1950, a primeira depois da 2ª Guerra Mundial, o Brasil construiu o maior estádio do mundo: o Maracanã. Nossa função seria parecida com a do Bobo da Corte: entreter os donos do mundo. Disseram que a Copa representava um novo Brasil, um país mais rico, desenvolvido, justo e próspero. Um país de futuro… através do futebol.
Europa e Japão, mesmo devastados da guerra, reconstruíram-se e prosperaram. Nem parece que houve uma gigantesca destruição. Criaram ciência, tecnologia e qualidade de vida no período em que o Brasil ganhou cinco mundiais de futebol e nenhum prêmio Nobel. Nosso país não consegue sequer lançar satélites, não tem universidades entre as 100 melhores do planeta nem educação integral. O Brasil inteiro tem menos quilômetros de metrô do que a velha Londres ou do que a nova Xangai.
Para a Copa de 2014, apenas mais uma entre tantas, o Brasil faz os maiores gastos já feitos no mundo para esse tipo de evento. Gastos públicos, não privados, como era a promessa. Somos, de novo, os bobos da corte mundial: temos de entreter e agradar os ex-colonizadores. Mas dizem que esses gastos representam um novo Brasil, um país mais rico, desenvolvido, justo e próspero… Um país de futuro… através do futebol.