Antigos projetos de ferrovias que ligam Brasília a Luziânia e a Goiânia custam a sair do papel. Agora, a promessa é de que as obras comecem no segundo semestre do ano que vem
A estação Bernardo Sayão, próximo ao Núcleo Bandeirante, já foi bastante movimentada e hoje está abandonada: projetos trazem esperança de crescimento para a região |
Em setembro último, o Partido Socialista do Brasil (PSB) entregou todos os cargos que ocupava no governo federal para seguir rumo próprio na disputa presidencial que se aproxima. Com isso, ministros e assessores socialistas deixaram a Esplanada. Entre eles, estava Marcelo Dourado, ex-chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), responsável pelos projetos das ferrovias Brasília/Luziânia e Brasília/Anápolis/Goiânia, que preveem transporte de carga e passageiros. Em entrevista a Encontro Brasília, antes de saber que deixaria o posto, ao ser questionado sobre o andamento das obras, Marcelo alertou: “O transporte sobre trilhos é a solução para a mobilidade urbana. E essa tem de ser uma política de Estado, não de governo”.
A falta de planejamento e um intricado jogo político de interesses com certeza influenciam para que os trens, que ajudariam a desafogar o trânsito de Brasília e desenvolver a região, não saiam do papel. Anunciada no fim de 2011 com pompa e circunstância, com a presença dos governadores do DF, Agnelo Queiroz, e de Goiás, Marconi Perillo, a construção da Brasília/Luziânia é considerada fácil. Inaugurado em 1968, o trecho ferroviário já existe e faz, até hoje, transporte de carga. Contudo, desde 1990 o trem não leva e traz passageiros.