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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Vida e morte de uma ciclovia: o exemplo da Avenida Hélio Prates

Ciclovia construída em 1980 ligando Ceilândia à Taguatinga pela Avenida Hélio Prates sobrevive em suas últimas ruínas.

Fotos da ciclovia Taguatinga-Ceilândia, via Hélio Prates. Esq: Col. Marcelo Almirante. Dir: AndaBrasilia.
Ciclovia em 1980 e um pouco do que sobrou dela em 2013

Ciclovia construída em 1980 e inaugurada pelo governador Lamaison com a presença do ministro de estado Eliseu Resende é o retrato do abandono com que nossos gestores públicos tratam as obras depois que são inauguradas. Esta ciclovia, que ligava Ceilândia, na altura da Fundação Bradesco, até Taguatinga, na altura do Taguacenter, foi destruída pelo descaso do GDF e pelos interesses de comerciantes em espaço para seus carros particulares, de suas concessionárias de automóveis e de seus clientes.

Na década de 1980, Taguatinga tinha, além desta ciclovia, uma ciclovia na altura da QND e uma no Pistão Sul. Para a primeira havia uma promessa de que seria revitalizada em 2012, porque estava abandonada e sendo usada por carros. A segunda teve sua morte decretada durante a "revitalização" do Pistão Sul, que trouxe muitas pistas para carros, poluição e uma vida ainda mais difícil para pedestres, idosos, cadeirantes e ciclistas.

As ciclovias de Taguatinga, que seguiam tendências européias do final da década de 1960 e da década de 1970 de se livrar das excessivas mortes no trânsito, da poluição e da dependência do petróleo, acabaram dando lugar a grandes áreas cimentadas ambíguas tão populares no DF: o estacionamento/calçada/entrada de carros. Os trechos da ciclovia da Hélio Prates mostrados na galeria de fotos abaixo são alguns dos últimos escombros visíveis da ciclovia.

Um dos problemas de termos governadores e prefeitos que se locomovem quase que exclusivamente de helicóptero ou carros com batedores e chofer, como o atual governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, é que eles não conhecem o próprio lugar que governam. Nem quem cuida de uma fazenda conseguiria tomar conta dela exclusivamente de helicóptero, mesmo assim governadores e prefeitos acham que podem governar do alto e de longe. É assim que as cidades brasileiras caminham na contramão da história.

Galeria de fotos

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